terça-feira, 2 de setembro de 2008

With the lights out

Apaga as luzes e deixa-me sozinho, sozinho comigo
Há sentimentos e problemas que so resolvemos connosco proprios
Falar connosco cara á cara sem ter medo de enfrentar o espelho "eu"
Olhar para ele e perguntar que se passa

No teatro ha aqueles que gostam de estar diante dos holofotes
ser as estrelas e alimentar todo o seu ego
e ha aqueles que gostam de andar na sombra das luzes
terão um ego para alimentar tambem?
Ou limitam-se a levar a sua vida de cabeça baixa por entre as estrelas?
Decerto que terão os seus momentos de alegria e fulgor

Maneiras de se levar a vida, maneiras de estar...
Sempre em todo e qualquer lugar houve o papel principal e os papeis secundarios
Todos com o seu grau de importancia, maior ou menor

Sempre tive um certo fascinio por aquele tipo de pessoas que ás vezes nem damos conta
Num cafe, num restaurante, em varios locais
Aquele tipo que gosta de se sentar ao canto, áparte do resto do mundo quase
Barba por fazer, ar misterioso, sera um daqueles que leva a vida atras dos holofotes e que tem prazer nisso?



With the lights out
It's less dangerous
Here we are now
Entertain us
I feel stupid and contagious

I'm worse at
what I do best
And for this gift
I feel blessed

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Ainda pode descer


Estive há dez minutos atrás da varanda
do meu quinto andar,
a observar a cúpula invisível entre o
céu e o enorme lego de betão
e a sentir-me um inquilino passageiro
desta pensão de uma estrela
perdida na imensa cidade negra a que
damos o nome de universo,
curiosamente parece que é o único
sítio que temos para passar a longa
noite que nos espera.
E é aí que eu saio para apanhar a
frequência,
Como que a comer um ponto
e a cagar um verso
no meu prisma, a encaixar,
provavelmente no de outros feito um
filósofo de merda.
Mas a vida é isso mesmo, um monte de
gente a fazer de conta que se entende
e ninguém sabe dizer o que viveu;
e por isso nos pedem que caminhemos
alegres para o precipício, sem
questionar,
porque estaremos sempre longe. mas
longe rapidamente fica perto
e perto rapidamente passa por nós. eu
não quero mandar-te para baixo,
mas eu sei que me entendes, tu também
tens medo de morrer,
toda a gente tem, só que normalmente
evocamos nomes de problemas
para nos convencermos que estamos
ocupados a resolver uma situação
importante
quando não tem importância nenhuma.
Entretanto o tapete rola
e nós irritamo-nos com a
inevitabilidade, e nos nossos sonhos
dizemos:
-torna-me imortal! torna-me imortal!
eu não vou aguentar deixar de existir!
E é aí que eu entro para sair da
frequência, seduzir-te com os meus
sonhos,
tu não vês como empreendo? e como eu
mais um milhão de sonhadores leva com
ele muitos braços de outros,
acéfalos, na lotaria dos ideais,
descrentes, beijando o número do
bilhete.
Mas quero dizer-te que a viagem é tua,
e eu não quero empurrar-te à força para a rua.
se eu falhar eu vou passar de deus a
carrasco, embalsamado e metido dentro
de um frasco,
para te lembrares da mentira, mas a
verdade é que ganhamos sempre.

Manel Cruz (Foge Foge bandido, ex vocalista Ornatos violeta)

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

I lost something on the way to wherever I am today


O primeiro raio de sol que consegue espreitar por entre as nuvens espessas desse dia encontra um cadaver sobre as cordas da guitarra, a arma numa mão e o mundo inteiro na outra.

Este homem perdeu alguma coisa no caminho, não sabe o quê

Na infancia ele proprio se sentiu algo no meio do caminho, algo que atrapalha

Dor, angustia, revolta, solidão, morte era tudo o que transportava

A janela aberta deixa entrar a brisa matinal que dá conta da existencia de um folha de papel no meio do chão, na ultima linha consegue-se ler:

Eu amo-te, por favor continua, pela nossa filha, pela sua vida, que será muito mais feliz sem mim.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Com o teu passo inseguro e o paraíso no teu olhar

Dá-me Lume - Jorge Palma

Chegaste com três vinténs
E o ar de quem não tem
Muito mais a perder
O vinho não era bom
A banda não tinha som
Mas tu fizeste a noite apetecer
Mandaste a minha solidão embora
Iluminaste o pavilhão da aurora
Com o teu passo inseguro e o paraíso no teu olhar

Eu fiquei louco por ti
Logo rejuvenesci
Não podia falhar
Dispondo a meu favor
Da eloquência do amor
Ali mesmo á mão de semear
Mostrei-te a oigem do bem e do reverso
Provei-te que o que conta no universo
É esse passo inseguro e o paraíso no teu olhar

Dá-me lume, dá-me lume
Deixa o teu fogo envolver-se até a música acabar
Dá-me lume, não deixes o frio entrar
Faz os teus braços fechar-me as asas há tanto tempo a acenar

Eu tinha o espirito aberto
Ás vezes andei perto
Da essência do amor
Porém no meio dos colchões
No meio dos trambolhões
A situação era cada vez pior
Tu despertaste em mim um ser mais leve
E eu sei que essencialmente isso se deve
A esse passo inseguro e ao paraíso no teu olhar

Se eu fosse compositor
Compunha em teu louvor
Um hino triunfal
Se eu fosse critico de arte
Havia de declarar-te
Obra prima á escala mundial
Mas não passo de um homem vulgar
Que tem a sorte de saborear
Esse teu passo inseguro e o paraíso no teu olhar

terça-feira, 19 de agosto de 2008

In my hands


Tenho a vida a desenrolar-se na palma da mão
construo um exército junto ao polegar para que parta á conquista da felicidade
dou-lhe um mapa traçado pela cigana que lê a sina
vejo a face de quem sempre sonhei junto ao indicador
castelos de sonhos erguem-se por entre os dedos
tenho tudo o que sempre quis nas palmas das minhas mãos
mas dou conta que tenho as mãos atadas...

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Colorful Dreams


O prazer de sonhar
é deixar-se levar na idealização de alguem perfeito
a imaginação que voa
construindo momentos em slow motion e com banda sonora
criados sob a aura do arco iris
desenhado pelo teu encantamento.